Pesquisar este blog

TRADUTOR

VIDA CARMELITA EREMITA no YouTube

ADQUIRA MEU LIVRO DE ESPIRITUALIDADE | R$10,00 | DEUS LHE PAGUE!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

OITAVA DE NATAL | 30 DE DEZEMBRO


Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe a Virgem Maria, Senhora Nossa. Tudo bem com vocês?

[Festa] Uma celebração religiosa anual.


É no ano 336 que temos a primeira notícia da Festa do Natal, ocorrida em Roma. Por intermédio de Santo Agostinho, temos conhecimento de que essa festa era celebrada, no século IV, também na África. Também na Espanha, no fim do século IV, o Natal já era celebrado.
A data de 25 de dezembro não é confirmada historicamente como oficial ao nascimento de Jesus. Segundo estudiosos, a explicação mais provável nasce na tentativa de a Igreja de Roma suplantar a festa pagã do Natalis (solis) incicti.
Foi no século III que se difundiu, no mundo greco-romano, o culto ao sol. Foi o Imperador Aureliano (275 d.C.) que deu a esse culto uma importância oficial. Assim, o culto ao sol tornou-se um símbolo da luta pagã contra o Cristianismo. A data principal dessa festa era 25 de dezembro, celebrada no solstício de inverno, e representava a vitória anual do sol sobre as trevas.
Visando purificar essa celebração pagã, a Igreja deu a ela um significado diferente, tendo como base uma rica temática bíblica: Lucas 1,78; Efésios 5,8-14. Enquanto celebrava-se o nascimento do sol, a Igreja apresentou aos cristãos o nascimento do verdadeiro sol: Cristo, que apareceu ao mundo após longas noites de pecado.
Celebrar o Natal é celebrar o Sol da Vida, que nos ilumina com Sua graça salvadora. É a luz de um novo tempo, que nasce em nosso coração e deseja fazer morada definitiva em nós.
São Leão Magno, em seu “Sermão de Natal”, escreve: “O Natal do Senhor não se apresenta a nós como lembrança do passado, mas o vemos no presente”. Fazemos memória presente do nascimento de Cristo em meio à nossa frágil humanidade. Natal não é festa de uma ideia, mas é a festa que celebra a nossa salvação. A festa do Natal é o ponto de partida para nossa salvação realizada por Cristo.
O tempo litúrgico do Natal começa com as primeiras vésperas do Natal e termina no domingo depois da Epifania (entre 2 e 8 de janeiro). Interessante ressaltar que a liturgia do Natal do Senhor se caracteriza por quatro celebrações da Eucaristia, assim distribuídas:
1 – Na tarde do dia 24 de dezembro, celebra-se a Missa vespertina. Essa Missa tem caráter festivo, com o canto do Glória e a Profissão de Fé;
2 – Na noite de 25 de dezembro, em geral à meia-noite, celebra-se a primeira Missa do Natal do Senhor;
3 – Ao alvorecer, celebra-se a segunda Missa do Natal;
4 – Durante o “dia” de Natal, celebra-se a terceira Missa da festividade.
A solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos, conhecidos como Oitava do Natal.
Cada uma dessas quatro Missas tem leituras e orações próprias, a saber:
1 – Missa da Vigília: Primeira Leitura: Is 62,1-5; Salmo Responsorial: Sl 88; Segunda Leitura: At 13,16-17.22-25; Evangelho: Mt 1,1-25.
2 – Missa da Noite: Primeira Leitura: Is 9,1-6; Salmo Responsorial: Sl 95; Segunda Leitura: Tt 2,11-14; Evangelho: Lc 2,1-14.
3 – Missa da Aurora: Primeira Leitura: Is 62,11-12; Salmo Responsorial: Sl 96; Segunda Leitura: Tt 3,4-7; Evangelho: Lc 2,15-20.
4 – Missa do Dia: Primeira Leitura: Is 52,7-10; Salmo Responsorial: Sl 97; Segunda Leitura: Hb 1,1-6; Evangelho: Jo 1,1-18.
Natal é tempo de festa e alegria. É tempo de estar unido à comunidade celebrando o dom da vida manifestada no nascimento de Jesus Cristo. Celebrar o nascimento de Cristo é estar unido à Igreja em todo o mundo que se une na fé e na esperança de um novo tempo.
A participação nas Missas é fundamental, pois nos reunimos em comunidade, na qual o Cristo se revela a cada um de nós e a todos por meio do Pão da Palavra e do Pão da Eucaristia. Para melhor participarmos dessas celebrações, é interessante meditarmos antecipadamente as leituras que serão proclamadas durante a Missa. O silêncio exterior e interior é oportunidade para melhor celebrarmos o Sol da Vida, que nos ilumina com Seu amor salvífico.

domingo, 27 de dezembro de 2020

SAGRADA FAMÍLIA E SÃO JOÃO EVANGELISTA | 27 DE DEZEMBRO


Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe a Virgem Maria, Senhora Nossa. Tudo bem com vocês?

[Festa] Uma celebração religiosa anual.

O Natal, sob muitos aspectos, é uma festa doméstica. Ela reúne a família, os irmãos distantes e, sobretudo, encanta as crianças com seus pais ao perceberem como estes valorizam, nesta ocasião, a variedade de símbolos. O clima de amor e confraternização pervage a Solenidade do Nascimento do Senhor. Liturgicamente, a Igreja se detém no fato do Filho de Deus ter tido necessidade também de uma família que o acolhesse. Como homem, frágil e pequeno, precisou ser amado por um coração de mãe.
Ele experimentou a dependência na submissão a seus pais. Ele vivenciou a contingência de crescer e aprender no interior de um lar e de uma cultura determinada. Eis o símbolo de Nazaré onde Jesus viveu e cresceu (Lc 2,39-40). O mistério inaudito da Encarnação se entrelaça, desta maneira, com a realidade da família, escola de amor e de fé, de inculturação e de sociabilidade.
Maria, a Virgem Mãe, acolhe na fé o mistério, fruto do seu ventre. São José também acolhe na Fé o mistério, adotando o Menino e recebendo a Mãe. Deste modo, assume a paternidade legal de Jesus, cumprindo com fidelidade sua altíssima e insubstituível missão: José, filho de Daví, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados (Mt 1,20-21).
A oportunidade da festa da Sagrada Família, como decorrência do mistério do Natal que celebramos, nos proporciona apresentá-la como protótipo, exemplo e modelo para todas as famílias cristãs (cf.Familiaris Consortio, Conclusão; Redemptoris Custos, III, 21). Embora constituindo-se também um mistério especial pela natureza do amor e do matrimônio que uniam José e Maria, a presença inestimável do Filho de Deus, e a natureza das relações materno-paternais de Maria e de José para com Ele, esta Família é modelo nas virtudes teologais, a serem cultivadas por todas as famílias cristãs.
O sentido de Deus, do sagrado e do mistério, norteava e unia a Família de Nazaré. Por isso, mesmo tendo vivido uma situação especial e única de um lar construído na castidade perfeita, a serviço da Encarnação, ela é a expressão mais nítida da vivência das virtudes familiares e teologais. Serve, então, de estímulo e de intercessão para todas as famílias que queiram vivenciar os valores evangélicos. A propósito, nos lembra o Papa:
Por misterioso desígnio de Deus, nela viveu o Filho de Deus
escondido por muitos anos: é, pois, protótipo e exemplo de todas
as famílias cristãs. E aquela Família, única no mundo, que passou
uma existência anônima e silenciosa numa pequena localidade da
Palestina;que foi provada pela pobreza, pela perseguição, pelo exílio;
que glorificou a Deus de modo incomparavelmente alto e puro,
não deixará de ajudar as famílias cristãs, ou melhor, todas as famílias
do mundo,na fidelidade aos deveres quotidianos, no suportar as
ânsias e as tribulações da vida, na generosa abertura às
necessidades dos outros, no feliz cumprimento do plano de Deus a
seu respeito (Familiaris Consortio, Conclusão).
Hoje, na medida em que avança a secularização do pensamento e do comportamento, mesmo a família cristã se priva, muitas vezes, da sua dimensão sagrada. Mal se dá conta que o amor de Deus em Cristo a uniu, mediante o Sacramento do Matrimônio, para ser sinal visível e terno de sua presença em todas as expressões da vida conjugal e familiar. Quanto mais difícil se torna a proposta cristã para família contemporânea, mais imperioso se faz anunciá-la como boa e alegre notícia de salvação.
Há um evangelho para a família. Evangelho que supõe uma espiritualidade conjugal e familiar e uma ética própria, baseada na abertura da família aos apelos de Deus, do meio social e cultural e das necessidades de seus membros. O critério supremo da vida conjugal e familiar é o amor ou a caridade como veículo da perfeição (Cl 3,16).

Neste sentido, a família cristã se instaura no mundo e na Igreja como escola de amor a Deus e ao próximo, mediante o respeito aos mandamentos do Senhor, a oração e o diálogo entre as diferenças.
FONTE:https://formacao.cancaonova.com/diversos/festa-da-sagrada-familia-jesus-maria-jose/

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

NATAL DO SENHOR | 25 DE DEZEMBRO


Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe a Virgem Maria, Senhora Nossa. Tudo bem com vocês?

[Solenidade] As principais celebrações da Igreja recebem o nome de solenidade. Como o próprio nome indica, a solenidade é "a festa das festas".


Os encontros e as festas se realizam com bom êxito na medida em que são preparados. Ainda mais quando este encontro é entre Deus e a humanidade. É isso que o nosso coração aberto quer e vai celebrar com a Solenidade do Natal. Pois, em Jesus, Deus sela a nova e eterna aliança com a humanidade. Ao contemplarmos o Menino Deus, nós nos vinculamos ainda mais ao Senhor, que é o verdadeiro Dono da nossa vida e da nossa história. Depois de fazermos esta caminhada de preparação, vivenciando o fecundo Tempo do Advento, queremos perceber este Deus que vem até nós, e escolhe o nosso coração para fazer morada. Deus é tão cheio de ternura e misericórdia, que toma a iniciativa de nos visitar. É Ele quem dá o primeiro passo em nossa direção. A vinda d’Ele até nós é uma festa que nos motiva a celebrar o Natal d’Ele com alegria e entusiasmo! O Natal precisa ser uma festa diferente em nossa vida. E o nosso coração precisa estar diferente também para que o Senhor seja acolhido de verdade e com sinceridade. Quanto mais o nosso coração acolhe Jesus, tanto mais a nossa vida se transforma para o bem e para o belo.


A Festa do Natal é a festa da Luz. Jesus é a Luz que dissipa as trevas. “O povo que andava na escuridão viu uma grande luz” (Isaías 9:1). Não há escuridão alguma que resista à luz que vem de Jesus! Muitas pessoas estão revestidas de escuridão, por conta do medo, da inveja, do ciúme, da pornografia, da maledicência e de tantos outros pecados. Mas, quando nos entregamos ao Senhor, toda treva é vencida. E tudo o que era velho se torna novo em nossa vida. Estamos num momento privilegiado, no qual o Senhor nos convida a abandonar tudo o que é escuro e tudo o que escurece a nossa vida. Se fixarmos os nossos olhos no Senhor que vem, conseguiremos ver a Luz, tendo mais claridade em cada caminho por onde tivermos de percorrer. Jesus torna claro o nosso caminhar e abre as portas para um mundo novo e um futuro mais feliz.

O Natal é a festa da fé. Diante do Senhor, a humanidade toda é convidada a renovar a sua confiança em Deus. Um dos graves equívocos do homem contemporâneo é pensar que ele não precisa de Deus e que por si só conseguirá resolver tudo sozinho. A maior tristeza de uma pessoa é quando ela não consegue crer. A nossa vida passa por altos e baixos; por luzes e sombras. Mas, nada pode arrancar a fé do nosso coração. É este dom precioso que nos conduz a Jesus e que nos permite caminhar. Diante do Menino Jesus, o nosso coração pulsa com mais intensidade e vai descobrindo, pouco a pouco, que é impossível não crer neste Deus que está no meio de nós e que permanecerá para sempre conosco.
Natal é a festa do amor. É a manifestação do amor de Deus para conosco. E cada um é impulsionado a proclamar, com gestos, palavras e atitudes o seu amor para com Deus e para com o próximo. “Deus é amor e quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus nele” (1João 4,16). O Senhor não se cansa de nos amar. Até quando, por algum motivo nosso, nos distanciamos d’Ele, Ele continua nos procurando e nos amando. Ele ama a todos, inclusive os indiferentes e aqueles que, ingenuamente, se declaram ateus. Deus tem amor por eles. E Jesus, a todo instante, repete: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que dizem” (Lucas 23,34). Todo homem tem fome e sede de Deus. Toda criatura clama pelo Criador. Todo ser humano precisa de Deus. Ele cuida de nós, respeitando sempre a nossa liberdade.
No mundo existem muitos conflitos, guerras, violência, enfim uma verdadeira “cultura da morte”, como denunciou o saudoso João Paulo II. Mas, nada é mais forte do que o amor. A beleza do amor salvará o mundo e fará brilhar a “cultura da vida”, como esplendor da graça do Criador. É preciso resgatar o amor como caminho e possibilidade de vida, e acreditar na força dele. É preciso investir neste dom e crer que nós somos amados e que é possível amar. Às vezes, caímos num pessimismo muito grande e começamos a pensar e a falar que o amor não existe mais, ou ainda, que ninguém ama. O amor é forte por si só, por isso, vence o ódio. Somos testemunhas dele e anunciadores de sua mensagem. O mundo pode voltar-se mais para Deus por meio deste nobre sentimento. Pois, o amor transforma tudo e todos para melhor.
Celebrando, com fé, a Solene Festa do Natal do Senhor, vamos sentir o nosso coração vibrar de alegria. Pois, a Luz do Alto vai brilhar no mais íntimo do nosso ser. E quanto mais nos abrirmos para o Senhor, que vem ao nosso encontro, mais a nossa vida será restaurada n’Ele. Jesus é o maior presente do Pai Eterno a toda a humanidade. N’Ele, o Pai confirma que nos ama e que quer a nossa salvação. Mantendo-nos unidos a Cristo, teremos mais forças para vencer todo mal e superar todos os obstáculos que tentam nos afastar de Deus. Cristo faz cair por terra todas as muralhas que tentam nos isolar no sofrimento e na dor. Cristo é a Luz! N’Ele nós encontramos o caminho que conduz à paz.
Que do “Presépio de Belém”, dos lábios do Menino Deus, todos nós escutemos a mensagem que vem do Céu e é dirigida a cada um de nós: “Alegra-te! Não tenhas medo! O Senhor está contigo!” (Sofonias 3:16-17) Que, com Jesus no coração, a nossa alegria não seja efêmera. Mas, seja sim, perene, duradoura e fecunda! Que a barreira do medo caía por terra. Pois, o Senhor está presente em cada queda e em cada vitória. Ele tem o poder de tornar nossas maiores derrotas em nossas maiores vitórias. O Senhor pode fazer de um grande pecador, um grande santo! Ele está conosco quando perdemos ou ganhamos na longa estrada da vida. Por maior que seja a nossa dor, o Senhor se coloca ao nosso lado, segurando em nossas mãos. Ele nos conduz aos prados verdejantes da vitória da vida, do bem e do amor! Confiemos no Senhor que veio para ficar e caminhar conosco, e Ele nos dará carinho, paz e proteção.
Feliz Natal com Jesus na mente, no coração e na vida!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

MEMÓRIA DE SÃO JOÃO DA CRUZ | 14 DE DEZEMBRO


Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe a Virgem Maria, Senhora Nossa. Tudo bem com vocês?

[Memorial] Dia memorial para comemorar um santo ou santos.

São João da Cruz é conhecido como “doutor místico”

Nasceu em Fontiveros, na Espanha, em 1542. Seus pais, Gonçalo e Catarina, eram pobres tecelões. Gonçalo morreu cedo e a viúva teve de passar por dificuldades enormes para sustentar os três filhos: Francisco, João e Luís, sendo que este último morreu quando ainda era criança. Como João de Yepes (era este o seu nome de batismo) mostrou-se inclinado para os estudos, a mãe o enviou para o Colégio da Doutrina. Em 1551, os padres jesuítas fundaram um colégio em Medina (centro comercial de Castela). Nele, esse grande santo estudou Ciências Humanas.
Com 21 anos, sentiu o chamado à vida religiosa e entrou na Ordem Carmelita, na qual pediu o hábito. Nos tempos livres, gostava de visitar os doentes nos hospitais, servindo-os como enfermeiro. Ocasião em que passou a ser chamado de João de Santa Maria. Devido ao talento e à virtude, rapidamente foi destinado para o colégio de Santo André, pertencente à Ordem, em Salamanca, ao lado da famosa Universidade. Ali estudou Artes e Teologia. Foi nesse colégio nomeado de “prefeito dos estudantes”, o que indica o seu bom aproveitamento e a estima que os demais tinham por ele. Em 1567 foi ordenado sacerdote.
Desejando uma disciplina mais rígida, São João da Cruz quase saiu da Ordem para ir ingressar na Ordem dos Cartuxos, mas, felizmente, encontrou-se com a reformadora dos Carmelos, Santa Teresa D’Ávila, a qual havia recebido autorização para a reforma dos conventos masculinos. João, empenhado na reforma, conheceu o sofrimento, as perseguições e tantas outras resistências. Chegou a ficar nove meses preso num convento em Toledo, até que conseguiu fugir. Dessa forma, o santo espanhol transformou, em Deus e por Deus, todas as cruzes num meio de santificação para si e para os irmãos. Três coisas pediu e acabou recebendo de Deus: primeiro: força para trabalhar e sofrer muito; segundo: não sair deste mundo como superior de uma comunidade; e terceiro: morrer desprezado e escarnecido pelos homens.
Pregador, místico, escritor e poeta, esse grande santo da Igreja faleceu após uma penosíssima enfermidade, em 1591, com 49 anos de idade. Foi canonizado no ano de 1726 e, em 1926, o Papa Pio XI o declarou Doutor da Igreja. Escreveu obras bem conhecidas como: Subida do Monte Carmelo; Noite escura da alma (estas duas fazem parte de um todo, que ficou inacabado); Cântico espiritual e Chama viva de amor. No decurso delas, o itinerário que a alma percorre é claro e certeiro. Negação e purificação das suas desordens sob todos os aspectos.
São João da Cruz é o Doutor Místico por antonomásia, da Igreja, o representante principal da sua mística no mundo, a figura mais ilustre da cultura espanhola e uma das principais da cultura universal. Foi adotado como Patrono da Rádio, pois, quando pregava, a sua voz chegava muito longe.
São João da Cruz, rogai por nós!

sábado, 12 de dezembro de 2020

NOSSA SENHORA DO GUADALUPE | 12 DE DEZEMBRO


Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe a Virgem Maria, Senhora Nossa. Tudo bem com vocês?

[Memorial] Dia memorial para comemorar um santo ou santos.


A explicação sobre Nossa Senhora, as aparições e o papel da virgem na conversão dos mexicanos.
Metade da América, o Novo Mundo, 1521: a capital do Império Azteca cai ante as forças do espanhol Cortéz. Menos de 20 anos mais tarde 9 milhões dos habitantes, que professaram por séculos uma religião politeísta que incluía sacrifícios humanos, tinha se convertido ao Cristianismo. O que ocorreu ao longo desses tempos produzindo incríveis conversões?

Em 1531 uma Senhora do Céu apareceu a um pobre índio numa serra a noroeste da atual cidade de México; ela se identificou como a Mãe do verdadeiro Deus, lhe encarregou de pedir ao bispo para construir um templo naquele lugar e deixou uma imagem sua impressa milagrosamente em sua tilma (manto), um tecido de cactus de pouca qualidade que se deterioraria em 20 anos, porém, que não mostra sinais de corrupção 469 anos depois e ainda desafia toda explicação científica sobre sua origem.
Inclusive parece ainda refletir em seus olhos o que havia diante dela em 1531!
Sua mensagem universal de compaixão e amor, e sua promessa de ajuda e proteção para toda a humanidade, se encontra relatada no ‘Nican Mopohua’, documento escrito no século 16 na linguagem nativa, Nahuatl.

Há razões para crer que na serra Tepeyac Maria veio em seu corpo glorificado, sendo suas mãos físicas as que acomodaram as rosas no tilma (manto) de Juan Diego, onde ficou gravada esta aparição tão especial.
Uma incrível lista de milagres, curas e intervenções são atribuídas àquela Virgem. Estima-se que cada ano mais de 10 milhões de pessoas visitam sua Basílica, fazendo de sua casa na cidade de México o Santuário Mariano mais popular do mundo, como também a Igreja católica mais visitada depois do Vaticano.
Ao todo 24 Papas honraram de forma oficial Nossa Senhora de Guadalupe. Sua Santidade, João Paulo II visitou sua Basílica em três oportunidades: durante sua primeira viagem ao exterior como Papa em 1979, a segunda vez em 1990 e a última em 1999.
A Festa de Nossa Senhora de Guadalupe é celebrada no dia 12 de Dezembro. Em 1999, sua santidade João Paulo II, em sua homilia durante a Missa Solene na Basílica de Guadalupe declarou a data do 12 de Dezembro coma a comemoração litúrgica da Festa para todo o continente das Américas.
Durante a mesma visita o Papa João Paulo II confiou “a causa da vida” a sua proteção, e encomendou a seus cuidados maternais as vidas inocentes das crianças, especialmente aquelas que se encontram em perigo de não nascer.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM MARIA | 08 DE DEZEMBRO


Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe a Virgem Maria, Senhora Nossa. Tudo bem com vocês?

[Solenidade] As principais celebrações da Igreja recebem o nome de solenidade. Como o próprio nome indica, a solenidade é "a festa das festas".


Comemoramos a Imaculada Conceição de Nossa Senhora, a Rainha de todos os santos

Esta verdade, reconhecida pela Igreja de Cristo, é muito antiga. Muitos padres e doutores da Igreja oriental, ao exaltarem a grandeza de Maria, Mãe de Deus, usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência, mais pura que os anjos.
A Igreja ocidental, que sempre muito amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Em 1304, o Papa Bento XI reuniu na Universidade de Paris uma assembleia dos doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.
Rapidamente a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Sant’Ana, foi introduzido no calendário romano. A própria Virgem Maria apareceu em 1830 a Santa Catarina Labouré pedindo que se cunhasse uma medalha com a oração: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
No dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: “Maria isenta do pecado original”.
A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós: “Eu Sou a Imaculada Conceição”.
Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

sábado, 21 de novembro de 2020

APRESENTAÇÃO DA SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA | 21 DE NOVEMBRO


Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe a Virgem Maria, Senhora Nossa. Tudo bem com vocês?

[Memorial] Dia memorial para comemorar um santo ou santos.

As Sagradas Escrituras nada dizem a respeito da Apresentação da Santíssima Virgem Maria no templo de Jerusalém. No entanto, este acontecimento é atestado pela Sagrada Tradição e reconhecido pela Igreja Católica, que o celebra com uma festa mariana singular. Ao celebrar esta memória, meditemos sobre a piedosíssima atitude desta celeste Menina, que se consagrou totalmente a Deus desde a sua mais tenra idade.
Na sua Imaculada Conceição, nascida isenta de qualquer sombra de pecado, Nossa Senhora está plenamente disponível à vontade de Deus, livre para entregar-se a Ele com o impulso de um amor que não conhece demoras, obstáculos nem vicissitudes da natureza ferida pelo pecado. Em sua pureza imaculada, resplandecente de graça, a Virgem Maria é capaz de aderir a todo o bem que Deus lhe propõe e a tudo que é do Seu agrado. Sendo assim, a Santíssima Menina doa-se completamente, de modo insuperável, a não ser pelo Filho de Deus feito homem, que ela geraria em seu ventre imaculado.

A consagração da Virgem Maria no templo de Jerusalém

São Joaquim e Santa Ana conceberam milagrosamente a pequena Maria, já que eram de idade avançada. Por isso, prometeram a Deus que consagrariam a celeste Menina ao serviço do Templo. Prodigiosamente, com apenas três anos de idade, a Virgem rogou a seus santos pais que, conforme sua promessa, consagrassem-na no Templo. Ao chegar ao templo de Jerusalém, a santa menina se volta para os seus santos pais e, de joelhos, beija-lhes as mãos, pede-lhes a bênção e, depois, sem olhar para trás, sobe as escadarias, despedindo-se do mundo e renunciando a todos os bens que este podia lhe dar, oferece-se e consagra-se inteiramente ao Senhor e Criador de todas as coisas.
A vida de Maria Santíssima no Templo não foi outra coisa senão um ato contínuo de amor e consagração de si mesma ao Senhor. Consequentemente, ela crescia de hora em hora, ou antes, de instante em instante, nas santas virtudes, auxiliada pela graça divina, mas também se dedicando com todas as forças para cooperar com a graça. Dessa forma, a vida da Virgem Maria no Templo foi uma contínua oração. “Vendo o gênero humano perdido e em inimizade com Deus, orava principalmente pela vinda do Messias, com o desejo de ser serva da virgem feliz que viria a ser Mãe de Deus” 1 .

O exemplo de Maria e a nossa consagração a Deus

Pela graça do batismo, que nos ampara na luta contra o pecado, somos chamados a alcançar a pureza e a liberdade à semelhança da Virgem Santíssima, para poder dar, em união com ela e com sua ajuda, uma resposta generosa ao dom de Deus.
A festa da Apresentação de Maria nos leva a refletir sobre a nossa consagração a Deus, consequência do sacramento do batismo que recebemos. Amar e servir a Deus com todas as forças é um compromisso ao qual nenhum cristão pode se eximir, sob pena de fazer perder-se a graça de Deus recebida. Nesse sentido, dizia sabiamente Santo Agostinho: “Tenho medo da graça que passa sem que eu perceba!”.
Há pessoas que são chamadas a uma entrega total, direta e exclusiva a Deus, consagrando-se ao seu serviço, para colherem frutos mais abundantes da graça batismal. Trata-se das pessoas que são chamadas à consagração a Deus no mundo, à vida religiosa, ao sacerdócio ministerial. Para esses vocacionados, o exemplo da Virgem Maria reveste de particular e especial importância, pois esses são chamados a seguir pelo caminho da generosidade, da doação e da consagração total a Deus, como fez a Santíssima Virgem.

Consagração de nós mesmos

A resposta a uma vocação exige o desprendimento não somente das coisas e das pessoas, mas também de nós mesmos. Frequentemente, um vocacionado é chamado a deixar a família, a cidade e até a pátria, os costumes e as comodidades. Esse é um passo difícil e comprometedor, mas não é tudo. Mais importante do que o desprendimento material é o desapego do coração. Trata-se de renunciar às próprias vontades e aos próprios interesses para entregar-se inteiramente a Deus, em plena disponibilidade à Sua vontade, ao Seu serviço e ao do próximo.
Assim, a consagração de nós mesmos, independentemente do nosso estado de vida, deve ser vivida continuamente, com generosidade sempre crescente, pois, em consequência do pecado original, somos egoístas e temos a tendência de pegar de volta aquilo que já entregamos a Deus. Se isso exige uma constante superação de nós mesmos, recordemos que não lutamos sozinhos. A Virgem Maria está sempre pronta a nos amparar. Ela, que encontrou graça diante do Senhor (cf. Lc 1, 30), serve-se desse privilégio para alcançar a graça em favor dos que a invocam!

Oração de Santo Afonso Maria de Ligório a Menina Maria

“Ó Maria, Filha amadíssima de Deus, Menina santa, que rogais por todos, rogai também por mim. Vós vos consagrastes inteiramente, desde criança, ao amor do vosso Deus. Oh! Poder eu do mesmo modo, neste dia, oferecer-vos as primícias da minha vida e dedicar-me inteiramente ao vosso serviço, ó minha santa e dulcíssima Soberana! Não é mais tempo disso, pois, desgraçadamente, perdi tantos anos servindo o mundo e os meus caprichos, sem pensar em vós nem em Deus. Maldigo o tempo em que não vos amei!
É melhor começar tarde do que nunca. Eis-me aqui, ó Maria; apresento-me, hoje, a vós e me ofereço inteiramente ao vosso serviço, para o resto de minha vida; como vós, renuncio a todas as criaturas, e me dedico sem reserva ao amor do meu Criador. Consagro-vos, pois, ó minha Rainha, o meu espírito para pensar sempre no amor que mereceis, a minha língua para vos bendizer, o meu coração para vos amar.
Acolhei, ó Virgem santa, a oferta que vos faz um miserável pecador; acolhei-a, eu vos suplico pelo prazer que experimentou o vosso coração, no momento em que vos dáveis a Deus no templo. Se tarde começo a servir-vos, justo é que redima o tempo perdido redobrando o meu zelo e o meu amor. ‘E Vós, ó Deus, que no dia presente quisestes que, no templo, fosse apresentada a Bem-Aventurada sempre Virgem Maria, digna morada do Espírito Santo: concedei-me que pela sua intercessão mereça ser apresentado no templo da vossa glória’. Fazei-o pelo amor de Jesus Cristo”2.
Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!
Referências:
1 SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III, p. 394.
2 Idem, p. 394-395.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

SOLENIDADE DOS FIÉIS DEFUNTOS | 02 DE NOVEMBRO


Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe a Virgem Maria, Senhora Nossa. Tudo bem com vocês?

[Festa] Uma celebração religiosa anual.
Os primeiros vestígios de uma comemoração coletiva de todos os fiéis defuntos são encontrados em Sevilha (Espanha), no séc. VII, e em Fulda (Alemanha) no séc. IX.

O fundador da festa foi Santo Odilon, abade de Cluny, o qual a introduziu em todos os mosteiros de sua jurisdição, entre os anos 1.000 e 1.009. Na Itália, em geral, a celebração já era encontrada no fim do séc. XII e, mais precisamente, em Roma, no início do ano de 1.300. Foi escolhido o dia 2 de novembro para ficar perto da comemoração de todos os santos.Neste dia, a Igreja, especialmente, autoriza cada sacerdote a celebrar três Missas especiais pelos fiéis defuntos. Essa prática remonta ao ano de 1915, quando, durante a Primeira Guerra Mundial, o Papa Bento XV julgou oportuno estender a toda Igreja esse privilégio de que gozavam a Espanha, Portugal e a América Latina desde o séc. XVIII.

Na tradição da Igreja

Tertuliano (†220) Bispo de Cartago – afirma: “A esposa roga pela alma de seu esposo e pede para ele refrigério, e que volte a reunir-se com ele na ressurreição; oferece sufrágio todos os aniversários de sua morte” (De monogamia, 10).
O prelado atesta o uso de sufrágios na liturgia oficial de Cartago, que era um dos principais centros do Cristianismo no século III: “Durante a morte e o sepultamento de um fiel, este fora beneficiado com a oração do sacerdote da Igreja” (De anima 51; PR, ibidem).
Falando da vida de Cartago, no século III, afirma Vacandart, sobre a vida religiosa: “Aí vemos o clero e os fiéis a cercar o altar […] ouvimos os nomes dos defuntos lidos pelo diácono e o pedido de que o bispo ore por esses fiéis falecidos; vemos os cristãos […] voltar para casa reconfortados pela mensagem de que o irmão falecido repousa na unidade da Igreja e na paz do Cristo” (PR, ibidem).
São Gregório Magno (540-604), Papa e Doutor da Igreja, declara:
“No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe, antes do juízo, um fogo purificador, segundo o que afirma Aquele que é a Verdade, dizendo que, se alguém tiver cometido uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoada nem no presente século nem no século futuro (cf. Mt 12,31). Dessa afirmação, podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro” (dial. 4,39).
São João Crisóstomo (349-407), Bispo e Doutor da Igreja, afirma:
“Levemos-lhe socorro e celebremos a sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelos sacrifícios de seu pai (Jó 1,5), porque duvidar que as nossas oferendas em favor dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer as nossas orações por eles” (Hom. 1Cor 41,15). E “os apóstolos instituíram a oração pelos mortos e esta lhes presta grande auxílio e real utilidade” (In Philipp. III 4, PG 62, 204).
“Da mesma forma, rezando nós a Deus pelos defuntos, ainda que pecadores, não lhe tecemos uma coroa, mas apresentamos Cristo morto pelos nossos pecados, procurando merecer e alcançar propiciação junto a Deus clemente, tanto por eles como por nós mesmos” (idem).
Santo Epifânio (†403), Bispo da ilha de Chipre, diz:
“Sobre o rito de ler os nomes dos defuntos (no sacrifício) perguntamos: que há de mais nisso? Que há de mais conveniente, de mais proveitoso e mais admirável que todos os presentes creiam viverem ainda os defuntos, não deixarem de existir, e sim existirem ao lado do Senhor? Com isso, professa-se uma doutrina piedosa: os que oram por seus irmãos defuntos abrigam a esperança (de que vivem), como se apenas casualmente estivessem longe. E sua oração ajuda aos defuntos, mesmo se por elas não fiquem apagadas todas as dívidas […]. A Igreja deve guardar este costume, recebido como tradição dos Pais […] a nossa Mãe, a Igreja, nos legou preceitos, os quais são indissolúveis e definitivos” (Haer. 75, c. 8: pág. 42, 514s).
Os Cânones de Santo Hipólito (160-235), que se referem à Liturgia do século III, contêm uma rubrica sobre os mortos […] “[…] Caso se faça memória em favor daqueles que faleceram […]” (Canones Hippoliti, em Monumenta Ecclesiae Liturgica; PR, 264, 1982).
Serapião de Thmuis (século IV), Bispo, no Egito, compôs uma coletânea litúrgica, na qual se pode ver a intercessão pelos irmãos falecidos:
“Por todos os defuntos dos quais fazemos comemoração, assim oramos: “Santifica essas almas, pois Tu as conheces todas; santifica todas aquelas que dormem no Senhor; coloca-as em meio às santas Potestades (anjos); dá-lhes lugar e permanência em teu reino” (Journal of Theological Studies t. 1, p. 106; PR , 264, 1982).
“Nós te suplicamos pelo repouso da alma de teu servo (ou de tua serva); dá paz a seu espírito em lugar verdejante e aprazível, e ressuscita o seu corpo no dia que determinaste” (PR, 264,1982).
As Constituições Apostólicas, do fim do século IV, redigidas com base em documentos bem mais antigos, no livro VIII da coleção, relata:
Oremos pelo repouso de (citar nome), a fim de que o Deus bom, recebendo a sua alma, perdoe-lhe todas as faltas voluntárias e, por sua misericórdia, dê-lhe o consórcio das almas santas.

As indulgências

Constituição Apostólica Doutrina das Indulgências Papa Paulo VI, 1967, diz:
“A doutrina e o uso das indulgências vigentes na Igreja Católica há vários séculos encontram sólido apoio na Revelação divina, a qual vindo dos apóstolos, desenvolve-se na Igreja sob a assistência do Espírito Santo, enquanto a Igreja, no decorrer dos séculos, tende para a plenitude da verdade divina, até que se cumpram nela as palavras de Deus (Dei Verbum,8) e ( DI,1).
Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos (Norma 1).
“Assim nos ensina a revelação divina que os pecados acarretam como consequência penas infligidas pela santidade e justiça divina, penas que devem ser pagas ou neste mundo, mediante os sofrimentos, dificuldades e tristezas desta vida e, sobretudo, mediante a morte, ou então no século futuro […]” (DI, 2).
“Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do purgatório, a remissão das penas temporais, sequelas dos pecados” (Catecismo da Igreja Católica, 1498).

Condições para ganhar a indulgência plenária

Para si ou para uma alma
1 – Confessar-se bem, rejeitando todo pecado;
2 – Participar da Santa Missa e comungar com essa intenção;
3 – Rezar pelo Papa ao menos um Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória e
4 – Visitar o cemitério e rezar pelo falecido.
Obs.: Fora da semana dos falecidos, o item 4 pode ser substituído por: terço em família diante de um oratório; via-sacra na Igreja; meia hora de adoração do Santíssimo ou meia hora de leitura bíblica meditada.