Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe a Virgem Maria, Senhora Nossa. Tudo bem com vocês?
[Solenidade] As principais celebrações da Igreja recebem o nome de solenidade. Como o próprio nome indica, a solenidade é "a festa das festas".
A
Epifania do Senhor é a festa que comemora a manifestação de Jesus Cristo como
Messias, o Filho de Deus e Salvador do mundo. É o acolhimento da Boa Nova
da Salvação no mistério da Encarnação. Esta primeira manifestação se dá aos
reis magos que, guiados por uma estrela, chegam a Belém e, ao ver o Menino com
Maria, sua Mãe, ajoelham-se diante Dele e o adoram.
'Mago'
quer dizer 'sábio'; talvez tenham sido os primeiros a estudar astronomia no
mundo e, por isso, viram o surgimento de uma estrela diferente e se colocaram a
caminho para encontrar o que ela indicava.
São
Beda – O venerável, monge beneditino que viveu entre 673 a 735, escreveu sobre
os reis do oriente, que vieram a Belém adorar o Menino Deus. Estes reis vieram
de lugares diferentes e se encontram, buscando um mesmo sentido para o
surgimento de uma luz diferente no céu. Melquior, cujo nome quer dizer “meu
Rei é luz”, veio de Ur, na Caldeia; é ele quem oferece o ouro. Gaspar,
cujo nome quer dizer “aquele que vai confirmar”, veio do mar Cáspio; é ele quem
oferece o incenso. E, por fim, Baltazar, cujo nome quer dizer “Deus
manifesta o Rei”, veio do Golfo Pérsico; é ele quem oferece a mirra.
Nos
magos do oriente está o ser humano que, na luz da estrela, vai até Cristo para
adorá-lo em sua humanidade. Os três reis representam as raças e
os povos de todo o mundo. Por isso, a Epifania recorda-nos que o único lugar
onde podemos encontrar Deus nesta terra é na humanidade de Jesus. Jesus é
o maior sinal de Deus para a vida do povo. Após encontrarem o Menino, a estrela
desapareceu, pois ela era apenas sinal de onde se encontrava a verdadeira
luz, que é Deus.
A
Epifania é a manifestação de Jesus como Filho de Deus e Salvador do mundo.
Desde o pecado de Adão e Eva, Deus toma a iniciativa e vem ao encontro da
humanidade para se revelar como o Deus que salva. O Papa emérito Bento XVI diz
que, por amor, Jesus fez-se história na nossa história.
Na
vida de Jesus encontramos outras Epifanias que se destacam: A
primeira foi sua manifestação aos Magos do Oriente na gruta de Belém. Também
temos a Epifania no momento do Batismo, quando o Pai revela que Jesus é
seu Filho amado (Mt 3,17). A Epifania no início de sua vida pública, nas
bodas de Caná (Jo 2,1-11). E a Epifania na Cruz, quando o centurião romano
diz: “verdadeiramente, este era o Filho de Deus” (Mt 27,54).
A
Liturgia da Festa da Epifania tem como tema a luz. Não há treva no mundo
que resista à luz de Cristo. Os Reis Magos buscam a verdade com o coração
revestido de humildade e, iluminados pelo Cristo, mudam suas atitudes, a
direção de suas vidas. Nos presentes oferecidos ao Menino, está o
reconhecimento de quem realmente Ele é, e a missão que veio realizar entre os
homens: O ouro simboliza sua realeza; o incenso, sua divindade e a mirra,
sua humanidade.
Os
Reis Magos representam todos os povos e nações, chamados ao encontro com
Deus, em Jesus Cristo, pois Jesus não veio salvar somente um povo, um
grupo religioso, mas ele nasce para salvar os homens e mulheres de todas as
culturas e nações.
A
Festa da Epifania é a grande celebração da Salvação Universal de Deus. Os Reis
Magos representam os homens de todos os tempos que desejam ir ao encontro de Cristo,
e que são capazes de o ver e acolher como o Deus que veio para trazer
libertação para a vida de todo o povo, como reza o Salmo 72: “Os reis de
Társis e das ilhas lhe trarão presentes; os reis da Arábia e de Sabá
oferecer-lhe-ão seus dons. Todos os reis hão de adorá-lo, hão de servi-lo todas
as nações. (Sl 72, 10-11)
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