Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe a Virgem Maria, Senhora Nossa. Tudo bem com vocês?
“Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe
porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo”… (Lc
1,31)
“Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a Vossa
vontade.” (Lc 1, 38)
A Solenidade da Anunciação do Senhor é uma das
mais belas festividades
Marianas. Com o anúncio da Encarnação do Filho de Deus à Virgem Maria, Deus
entra em nosso mundo fazendo-se humano como nós. Assim, a entrada do Verbo
Divino (Nosso Senhor Jesus Cristo) em nosso meio eleva a natureza humana a um
grau de santidade jamais imaginado por alguém. Pelo “sim” de Maria manifesta-se
a maior expressão do amor de DEUS por toda a humanidade.
Maria, o primeiro sacrário vivo da Eucaristia, recebeu dos
cristãos o título de Nossa Senhora da Anunciação. Virgem Maria foi contemplada
no Mistério da Encarnação como a escolhida para ser a Mãe de Deus. Diante do
anúncio do anjo Gabriel, Ela se submete num ato de fé e de humildade. Aceitando
a sua parte na missão salvífica, Maria Santíssima demonstra sua confiança no
Senhor Deus fazendo-se Instrumento Divino nos acontecimentos que hão de vir.
Pelo seu consentimento, Maria aceitou a dignidade e a honra da Maternidade
Divina, mas também, os sofrimentos e os sacrifícios que a ela estavam ligados.
Cabe ressaltar, na Anunciação, duas características da
Virgem Maria que foram determinantes para a Encarnação do Verbo e para a
Salvação da humanidade: sua fé e sua disponibilidade.
Por causa de sua fé, Maria, mesmo sem saber como acontecerão
os fatos a partir daquele instante, aceita fazer a vontade de DEUS, incondicionalmente.
Como serva não tem mais direitos, por essa razão, se coloca numa atitude de
total disponibilidade ao Seu Senhor.
Maria Santíssima compreendia a grandeza de Deus e o nosso
“nada”. Devido à sua humildade, assustou-se ao ouvir os louvores do Anjo: “Ave,
cheia de graça.”
São Tomás de Vilanova (1488-1555) exclama: “Ó poderosa, ó
eficaz, ó augustíssima palavra! Com um “Fiat” (faça-se) Deus criou a luz, o
céu, a terra, mas com este “Fiat” de Maria um Deus se tornou homem como nós”.
Pela ação do Espírito Santo, formou-se, no seio da Virgem
Imaculada, o corpo do Filho de DEUS. Essa foi a maior de todas as maravilhas:
na Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo (verdadeiro Deus e verdadeiro Homem), se
unem as naturezas divina e humana.
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica:
484. A Anunciação a Maria inaugura a «plenitude dos tempos»
(Gl 4, 4), isto é, o cumprimento das promessas e dos preparativos. Maria é
convidada a conceber Aquele em quem habitará «corporalmente toda a plenitude da
Divindade» (Cl 2, 9). A resposta divina ao seu «como será isto, se Eu não
conheço homem?» (Lc 1, 34) é dada pelo poder do Espírito: «O Espírito Santo
virá sobre ti» (Lc 1, 35).
508. Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria
para ser a Mãe do seu Filho. «Cheia de graça», ela é «o mais excelso fruto da
Redenção» (182). Desde o primeiro instante da sua conceição, ela foi totalmente
preservada imune da mancha do pecado original, e permaneceu pura de todo o
pecado pessoal ao longo da vida.
509. Maria é verdadeiramente «Mãe de Deus», pois é a Mãe do
Filho eterno de Deus feito homem que, Ele próprio, é Deus.
De acordo com os Santos:
São João Paulo II: “No momento da Anunciação,
respondendo com o seu «fiat», Maria concebeu um homem que era Filho de Deus,
consubstancial ao Pai. Portanto, é verdadeiramente a Mãe de Deus, uma vez que a
maternidade diz respeito à pessoa inteira, e não apenas ao corpo, nem tampouco
apenas à ‘natureza’ humana. Deste modo o nome ‘Theotókos’ — Mãe de Deus —
tornou-se o nome próprio da união com Deus, concedido à Virgem Maria.”
Santo Agostinho: “Maria é Mãe de Deus, feita pela mão
de Deus”.
São Jerônimo: “Maria é verdadeiramente Mãe de Deus”.
São Tiago: “Maria é Santíssima, a Imaculada, a
gloriosíssima Mãe de Deus.”
A Virgem Maria, a mais humilde e gloriosa de todas as
criaturas de Deus, por meio do seu “sim” tornou-se Co-Redentora da humanidade.
Por meio da Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo, no sei
da Virgem Maria, a proclamamos Mãe de Deus. Então, afirmamos que o Reino de
Deus já está no meio de nós, pois o dogma da maternidade divina assevera que o
próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo, entrou na história humana.
Peçamos a Nossa Senhora, Mãe de DEUS e nossa Mãe, a graça da
fé e da disponibilidade para as coisas de DEUS.
Rita de Sá Freire
Associada da Academia Maria de Aparecida
Fontes Consultadas:
Biblia Católica Ave Maria – Edição PastoralCarta encíclica
Redemptoris Mater – do Sumo Pontífice João Paulo II sobre a bem-aventurada
Virgem Maria na vida da igreja que está a caminhoConstituição Dogmática Lumen
Gentium, 66 – IV. O CULTO DA BEM AVENTURADA VIRGEM NA IGREJA.Compêndio
CatecismoGlórias de Maria Santíssima – Santo Afonso Maria de Ligório
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