Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe a Virgem Maria, Senhora Nossa. Tudo bem com vocês?
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 9, 9-13)
Naquele tempo, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na
coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu a
Jesus.
Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de
impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. Alguns
fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come
com os cobradores de impostos e pecadores?”
Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de
médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero
misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas
os pecadores”.
A importância de celebrarmos a festa de S. Mateus e dos
demais Apóstolos reside, antes de tudo, no fato de que foi Cristo mesmo quem
escolheu um grupo de doze homens para lhes comunicar sua própria missão, a
mesma missão que o Pai eterno lhe confiara ao mandá-lo instaurar neste mundo o
Reino de Deus. É sobre o testemunho destes Doze, que viram, ouviram e apalparam
a Palavra encarnada, que se funda a nossa Santa Igreja, Apostólica seja por
sua origem, já que não é senão a continuidade ininterrupta ao longo dos
séculos da mesma Igreja fundada por Cristo; seja por sua doutrina, pois
ensina substancialmente, sem acréscimos nem deturpações, a mesma fé pregada
pelos Apóstolos; seja, enfim, a título de sucessão, na medida em que
aqueles que hoje a governam, como membros da hierarquia, são verdadeiros e
legítimos sucessores dos Apóstolos no tríplice múnus de ensinar, reger e
santificar os fiéis. E a razão por que cremos no testemunho dos Doze e, consequentemente,
na Igreja que sobre eles se ergue é o auxílio do Espírito Santo que o Senhor
lhes prometeu e com o qual os fez capazes não só de abandonar o pecado e
superar uma outra imperfeição de caráter, mas de entregar a própria vida,
com um heroísmo acima de toda explicação humana, por amor e fidelidade Àquele
que os escolhera como colunas e fundamento do novo Israel. De fato, a constância
heróica com que, diante dos piores suplícios e das mais ferozes
autoridades, homens outrora ignorantes, fracos e covardes se mantiveram firmes
em pregar o Evangelho é uma prova irrefragável de que eles contavam
com a ajuda sobrenatural de Deus. Nem uma fortaleza meramente “natural”, nem um
“fanatismo” inconsequente nem o desejo de fama e glória terrenas poderiam explicar
esse fenômeno extraordinário — garantia da veracidade da sua pregação — que foi
o testemunho constante e a pregação heróica dos Apóstolos. A nós, portanto, não
cabe dúvidas; temos neles a garantia segura de que tudo o que crê e ensina a
Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana é integralmente tudo aquilo que o
Senhor Jesus quis ensinar e fazer crer aos que, antes mesmo da fundação do
mundo, Ele escolhera como pedras vivas do seu Corpo, que é a Igreja. Que
possamos renovar diariamente a nossa fé, mais conscientes de que não cremos em
palavras ou doutrinas vãs, mas no testemunho de quem encarou a morte para não
negar o que tantos, por “livre exame” ou afã de “novidades”, se obstinam hoje
em negar.
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