Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe a Virgem Maria, Senhora Nossa.
Tudo bem com vocês?
Um dos questionamentos
pelos quais nos deparamos na maioria dos comentários ou pelas redes sociais ou
pessoalmente é o fato pelo qual os Mosteiros de Vida Semi-Eremítica não optarem
pelo ingresso nas terras brasileiras.
Para que possamos entender esse fator intrínseco
devemos ter o conhecimento do que na realidade os autores ao longo do tempo
definem por vida eremítica. Autores atuais que estudam o caso dessa
manifestação e renovação nos dias atuais, definem a vida eremítica como
um fenômeno próprio, ou seja, não há a necessidade de um carisma
específico nem tampouco de uma regra pré-estabelecida que abrace todos os
eremitas, há dioceses na Europa que adotam desse método, mas quando se dispõe
de uma gama de eremitas, até mesmo para evitar heresias e falsas
vocações. Porém autores antigos definem a vida eremítica como ramificação da vida cenobítica tratando-a não como uma novidade, mas uma continuação da vida monástica, portanto, definindo-a como Vida Monástica Eremítica.
Esclarecidos esses dois pontos e diferenciados passamos para a situação em questão. Para que um Mosteiro de vida semi-eremítico chegue a um determinado país há um período de investigação para aprovação da própria comunidade; visto que esse modo de vida é o mais procurado pelos vocacionados de vida eremítica.
O Brasil não se enquadra dentro dos parâmetros pré adotados pelas congregações semi-eremíticas pelo simples fato de o brasileiro quase nunca se voltar para a solidão, fazendo assim, dele um país fraternal e acolhedor o que desperta a atenção de curiosos quebrando o silêncio monástico tão precioso para esse estilo de vida. A era que vivemos, com a tecnologia ao alcance de todo e qualquer cidadão, quebra os princípios básicos do eremitismo que tem sua observância no silêncio e na contemplação. Para mais, é colocado em investigação a situação das dioceses em acolher as vocações, visto que a estrutura desse tipo de congregação tem que se dispor de uma impecável e sem "gambiarras" pois é alicerçada no princípio básicos do retiro e da clausura que tem por característica o individualismo, melhor dizendo, "a sós com o Só". Na década de noventa (90) até tentaram a introdução desse estilo de vida aqui no Brasil, os Camaldulenses, mas fechou pela falta de demanda de vocações; possa ser devido ao fator "meios de comunicação" para instigar os jovens a procura pelo carisma.
Espero que o conteúdo tenha alcançado e seu coração e sanado suas dúvidas.
Pax Tecum!
Um comentário:
A umas décadas atrás, vieram para o Brasil os monges Camaldulenses, vindos de Camaldoli, Itália. Certo é que esta fundação não vingou. Mas, de umas poucas décadas para cá, veio da Itália, do Sacro Eremo di Camaldoli, Dom Pierantoni, instalando-se na Diocese de Mogi Guaçú, SP. Depois, vieram mais alguns monges do mesmo Sacro Eremo, tal como Dom Pedro e outros. E assim foi construído o Eremo Camaldolese nesta sobredita Diocese. E lá está funcionando. Os Camaldolenses são de vida eremítica e cenobítica. Paralelamente, também vieram para cá, os monges Cartuxos, para a cidade de Ivorá, no Rio Grande do Sul, Dioceses de Santa Maria. Vieram também da Itália. E construíram uma cartuxa chamada de Nossa Senhora Medianeira. Eles são de vida eremítica. E lá estão. Existe também uma fundação nova, espalhada um pouco por alguns lugares do mundo, que é uma congregação dos eremitas carmelitanos, ligados a Ordem do Carmelo Calçado. E no Brasil existe uma casa deles. Portanto, o Brasil tem vocação também para a vida eremitica ou mesmo semi eremitica. Não esquecendo também os Eremitas de Dom Orioni, que também existem no Brasil. Existe também outros eremitas, uma fundação nova, que seguem o estilo de vida dos padres do deserto. O Brasil também é terra de eremita. E quem vos escreve, também é um eremita ligado a Ordem Carmelitana da Antiga Observância. Ia me esquecendo: existe um eremitério carmelitano descalço no norte de Minas Gerais.
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