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domingo, 28 de julho de 2019
ESPIRITUALIDADE CARMELITA | UNIÃO FILIAL COM A VIRGEM DO CARMO
O carisma particular dos monges carmelitas repousa sobre quatro pilares essenciais à sua identidade. O primeiro pilar é a união filial com a Santíssima Virgem; o segundo, a Regra de Santo Alberto; a terceira, a forma extraordinária da liturgia carmelita (ou seja, o Rito do Santo Sepulcro e a Igreja de Jerusalém); e a quarta, a espiritualidade e o modo de vida de Santa Teresa de Jesus e de São João da Cruz. Cada pilar é igualmente importante para apoiar esse carisma e, sem cada pilar, esse carisma deixaria de existir.
Fonte: Google Imagens |
Um antigo ditado da Ordem Carmelita afirma: Carmelus totus Marianus est, isto é, "Carmel é totalmente mariano". A Santíssima Virgem permeia toda a vida dos monges por sua presença viva no meio de sua irmandade. "Ela é verdadeiramente sua vida, sua doçura e sua esperança; sua fonte de bondade, sua irmã, sua amiga, sua pomba, sua imaculada, o amor de seus corações. Na verdade, ela é o coração e a alma deles."
Ela é, da mesma forma, a verdadeira fundadora dessa nova comunidade. Assim como um fundador deixa seu carisma para seus filhos, nossa Senhora comunicou seu espírito e carisma a seus Carmelitas. Estes monges carmelitas são impelidos pelo seu amor por ela para imitar a sua virtude e continuar o seu apostolado místico de graça mediadora para as almas através da sua união com DEUS.
sábado, 27 de julho de 2019
sexta-feira, 26 de julho de 2019
domingo, 21 de julho de 2019
ESPIRITUALIDADE CARMELITA | INTRODUÇÃO A ESPIRITUALIDADE E A CLAUSURA
"Desde as origens da vida de consagração especial na Igreja, homens ... chamados por Deus e em amor por Ele dedicaram suas vidas exclusivamente a buscar Seu rosto, ansiando por encontrar e contemplar Deus no coração do mundo. O A presença de comunidades assentadas como cidades sobre uma colina ou candeias, apesar de sua simplicidade de vida, representam visivelmente o objetivo para o qual toda a comunidade eclesial viaja ... comunidades contemplativas que, em virtude de sua separação do mundo, são todas mais intimamente unidos a Cristo, o coração do mundo "... Os contemplativos, como os homens ... imersos na história humana e atraídos para o esplendor de Cristo ... estão colocados no coração da Igreja". - Papa Francisco
Uma introdução à espiritualidade carmelita pode ser muito assustadora. Com três doutores da igreja e dezenas de santos canonizados, teólogos e escritores espirituais, por onde começar? Aqui estão nossas dicas sobre onde começar a entender a espiritualidade carmelita. As seguintes passagens explicam por que Deus chama certas almas a ser um fermento oculto nos claustros do Carmelo.
1) Santa Teresinha do Menino Jesus e a Sagrada Face:
Para chegar ao "coração" de onde o Carmelo toma seu lugar na Igreja, devemos, é claro, começar com o nosso pequeno e glorioso santo e o Doutor da Igreja Santa Teresinha. do menino Jesus. Em sua simplicidade infantil, ela enumera muito claramente, em termos simples, a vocação de um carmelita.
Para chegar ao "coração" de onde o Carmelo toma seu lugar na Igreja, devemos, é claro, começar com o nosso pequeno e glorioso santo e o Doutor da Igreja Santa Teresinha. do menino Jesus. Em sua simplicidade infantil, ela enumera muito claramente, em termos simples, a vocação de um carmelita.
Santa Teresa, nesta passagem, explica seu desejo de dar vida a todos os apostolados da Igreja por meio de sua união com Deus. Ela apreende de maneira profunda a realidade de que Deus usa almas transformadas Nele para ser um canal de graça para toda a Igreja. Ela diz: "Eu sabia que a Igreja tem um coração, que este coração arde de amor e que só o amor dá vida aos seus membros". Esta era a vocação de Santa Teresinha, ser o amor no coração da Igreja, através de uma vida profundamente dedicada a uma União enclausurada e oculta com Deus. Assim é a busca de uma Carmelita de clausura - União com Deus através de Nossa Senhora para a edificação de toda a Igreja.
Esta realidade muito profunda de um religioso transformado em amor a ponto de dar amor a toda a Igreja foi primeiro compreendida por outro santo que teve um grande impacto em Santa Teresinha. Ela disse que perto do final de sua vida, apenas um santo poderia alimentar sua alma - São João da Cruz.
2) São João da Cruz:
Talvez nenhum outro santo tenha sido melhor professor e pai de almas visando as alturas da vida espiritual do que São João da Cruz, Doutor da Igreja na União com Deus. Centenas de anos antes de Santa Teresa, ele também explicou como uma alma completamente transformada em Deus através do amor poderia dar Deus às almas. Essa foi a essência da espiritualidade de São João da Cruz.
Talvez nenhum outro santo tenha sido melhor professor e pai de almas visando as alturas da vida espiritual do que São João da Cruz, Doutor da Igreja na União com Deus. Centenas de anos antes de Santa Teresa, ele também explicou como uma alma completamente transformada em Deus através do amor poderia dar Deus às almas. Essa foi a essência da espiritualidade de São João da Cruz.
Na Chama Vivente do Amor, São João da Cruz desenvolve sua teologia de uma alma em união com Deus. Ele diz: "Na verdade, um amor recíproco é formado entre Deus e a alma, como a união matrimonial e a rendição, em que os bens de ambos ... são possuídos por ambos juntos". Aqui ele está dizendo que a alma na União com Deus tem o direito sobre os dons de Deus e assim pode distribuí-los aos outros como desejar. "Tendo Ele para si próprio, pode dar-lhe e comunicá-lo a quem quiser." Esta habilidade e casamento da alma com Deus é claro, pela graça e não pela natureza, uma vez que somos sempre criaturas. Aqui também vemos São João concordar com Santa Teresinha, que uma alma pode alcançar União com Deus e assim ajudar milhares de almas no mundo que nunca conheceu. Esta é a importante vocação de uma carmelita enclausurada.
Esta pode ser uma bela ideia, mas é uma realidade atingível por todos? Esta é uma importante questão! Se não for possível, a não ser por santos extraordinários, por que deveríamos nós, pequenas almas, esperar por algo tão profundo?
São João da Cruz também responde isso. Na Chama Vivente do Amor, ele explica que, se uma alma é esvaziada de todos os outros amores, Deus se comunicará com a alma. Ao ser esvaziado de outros amores, São João significa todos os desejos que não são Deus ou em Deus, que é diferente do amor daqueles que devemos amar, como nossas famílias. Ele explica que quando a alma está livre de outros amores, é impossível que Deus não se comunique com a alma. "É mais impossível do que seria para o sol não brilhar em terra clara e desimpedida." É porque Deus é tão bom e generoso que quer exaltar almas que são muito pequenas a um estado tão exaltado, onde podem ajudar toda a Igreja pela sua união com Deus.
Este efeito sobre a Igreja de uma alma prefeita na União com Deus é importante? Ele diz sim, mais importante que muitas grandes obras feitas no apostolado ativo. A alma obtém muitas graças para o apostolado ativo e, através de sua união com Deus, torna-se um grande canal de graça para essas obras. É por isso que o caminho para a união com Deus é tão importante.
3) Santa Teresa de Jesus: Nenhum outro santo explicou melhor o caminho para a união com Deus do que Santa Teresa de Jesus, doutor carmelita da Igreja em oração. Sua maneira muito prática de alcançar as salas mais íntimas do castelo interior era uma mistura de oração e prática das virtudes. Ela começa explicando a importância da oração mental na santificação de uma alma.
A comunhão com Deus em oração é o caminho direto para a santidade, de acordo com Santa Teresa. Ela fala em sua vida sobre este relacionamento interior com Cristo, "que ninguém nunca o levou para seu amigo que não foi amplamente recompensado; porque a oração mental não é nada mais, na minha opinião, mas em termos de amizade com Deus, freqüentemente conversando em segredo com Ele Quem nós conhecemos nos ama. Através da conversa com Nosso Senhor e Sua Mãe Santíssima em oração pessoal, a alma se torna mais parecida com eles pelas graças que eles dão ao se comunicar com eles. Ao longo da vida de oração mental, a alma é conformada cada vez mais a Deus pela sua comunhão com Deus.
O progresso na união com Deus é provado pela virtude e amor ao próximo. Santa Teresa explica: "O melhor sinal de que alguém progrediu é que ela se considera a última de todas e prova isso por seu comportamento, e que almeja o bem estar dos outros em tudo o que faz. Essa é a teste verdadeiro - não doçura na oração ". A perfeita conformidade com Deus é sobre o amor perfeito de Deus e do próximo, e a prova desse amor está no amor que uma alma tem pelos outros.
Em particular, Santa Teresa amava a virtude da obediência, porque é a virtude que leva mais rapidamente à união com Deus. Em seu livro de fundações, ela escreve longamente sobre essa virtude e como ela é importante desde então, "não há caminho que conduza mais rapidamente à mais alta perfeição do que a obediência". Em obediência, a alma é mais rapidamente conformada a Cristo que foi obediente até a morte na cruz. Para alcançar o perfeito amor de Deus e união com Deus, é preciso dar a Deus sua vontade primeiro. Este presente de nós mesmos a Deus é realizado mais rapidamente e da melhor maneira através da obediência ao superior, que é um aspecto integrante de uma vocação religiosa de clausura.
Ninguém amava mais a vida fechada do Carmelo do que Santa Teresa. Tantas graças místicas são dadas apenas dentro do claustro, onde as almas, "vivendo dentro das águas correntes de sua Esposa", são inundadas pela presença de Deus. Ela explicou que "ninguém que não tenha experimentado isso poderia acreditar na plenitude de satisfação que sentimos ... quando finalmente nos encontramos fechados". O recinto é o jardim selado onde Deus comunga com almas que buscam união com Ele através da oração e da prática das virtudes.
terça-feira, 16 de julho de 2019
MÃE DO CARMELO | NOSSA SENHORA DO CARMO | 16 DE JULHO
+Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus(Mt 10, 34 – 11, 1)Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Não penseis que vim trazer paz à terra! Não vim trazer paz, mas, sim, a espada. De fato, eu vim pôr oposição entre o filho e seu pai, a filha e sua mãe, a nora e sua sogra; e os inimigos serão os próprios familiares.Quem ama pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim. E quem ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. Quem vos recebe, é a mim que está recebendo; e quem me recebe, está recebendo aquele que me enviou. Quem receber um profeta por ele ser profeta, terá uma recompensa de profeta. Quem receber um justo por ele ser justo, terá uma recompensa de justo. E quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequenos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não ficará sem receber sua recompensa”.Quando Jesus terminou estas instruções aos doze discípulos, partiu dali, a fim de ensinar e proclamar a Boa Nova nas cidades da região.
A Virgem SS. é “flos Carmeli”, a flor do Carmelo, porque este monte, segundo uma antiga tradição, simboliza a união das almas místicas e contemplativas com Deus. E que outra alma, que outra flor desse jardim de corações eleitos esteve mais intimamente unida a Ele do que Nossa Senhora? Mas ela é também, nas palavras de S. Simão Stock, “armatura fortis pugnantium”, forte armadura dos que pelejam no exército de Cristo. Porque, com efeito, a vida espiritual não é senão uma batalha, na qual “furunt bella”: estalam, ensandecidos, ataques vindos do inferno e dos espíritos malignos contra os que, pelo Batismo, trazem no peito a marca de cristãos. É por isso que temos sempre de pedir à nossa Mãe: “Tende praesidium scapularis”: Ponde sobre os nossos ombros, ó Virgem bendita, a proteção do vosso auxílio, a segurança do vosso refúgio, o consolo da vossa intercessão, e cobre-nos com o manto escapular da vossa devoção. Pois Maria SS., como nos ensina a doutrina católica, não é apenas uma intercessora entre outras, mas verdadeira e singular protetora, invocada pelos fiéis desde os primeiros séculos com aquelas palavras que até hoje repetimos a cada Terço, em perfeita sintonia com a fé apostólica: “Sub tuum praesidium confugimus”, à vossa proteção nos acolhemos, ó Santa Mãe de Deus! Que esta Virgem fortíssima nos dê, hoje e sempre, “prudens consilium”, prudente conselho nas incertezas da vida e “iuge solatium”, consolação contínua nas adversidades que precisamos superar a fim de conquistar a coroa da glória. — E como prova de nossa devoção e fidelidade a ela, levemos sempre conosco, como recordatórios da guerra em que nos encontramos, o Rosário e o Escapulário devidamente benzidos.
segunda-feira, 15 de julho de 2019
ESPIRITUALIDADE CARMELITA | SANTA TERESA DE JESUS
A espiritualidade carmelita de Santa Teresa de Jesus - em profundidade :
Para Santa Teresa de Jesus, a espiritualidade carmelitana era toda sobre o amor de Cristo e consolação Aquele que está tão ofendido pelo pecado. Ela diz em O Caminho da Perfeição : "Na verdade tudo o que eu me importava então, como faço agora, era que, como os inimigos de Deus são tantos e seus amigos tão poucos, estes últimos poderiam ser pelo menos bons." Esse foi o tema central e o motivo de sua vida de oração, "para que eu possa trazer algum consolo a nosso Senhor".
Foi por esse motivo que Santa Teresa procurou restaurar a observância primitiva da Regra do Carmelo. Ela explicou que: "Meu objetivo ao fundar esta casa [é], a saber, restaurar a perfeita observância de nossa Regra que foi mitigada em outro lugar." Pela vivência da Regra do Carmelo com pleno vigor, ela sabia que poderia consolar Nosso Senhor através da perfeita conformidade com Sua vontade, conforme estabelecido na Regra. Foi na estrita observância da regra que ela viu suas irmãs florescerem nas virtudes.
Para Santa Teresa, esse era todo o propósito da vida mística, aproximar-se de Cristo, que ajudaria a erradicar o vício na alma e a plantar as virtudes. Por sua vez, quanto mais virtuosa for uma alma, mais Deus responderá às suas orações. Ela disse em sua vida"Um principiante deve considerar a si mesmo como fazendo um jardim, no qual nosso Senhor possa se deleitar, mas num solo infrutífero e abundante em ervas daninhas. Sua Majestade arraiga as ervas daninhas e precisa plantar boas ervas." O propósito dessas virtudes sendo plantadas na alma é simplesmente dar prazer a Deus. Essas virtudes, "Devem enviar muita fragrância, refrescando a nosso Senhor, para que Ele possa vir freqüentemente para o Seu prazer neste jardim, e se deleitar no meio dessas virtudes". À medida que a alma cresce espiritualmente, ele permaneceria mais continuamente em sua alma, de modo a torná-la uma morada muito agradável para Deus.
Fonte: Google Imagens |
Assim, a parte da regra carmelita que Santa Teresa mais amava era quando ela exorta os carmelitas a orar sempre. Ela explicou em O Caminho da Perfeição : "O primeiro capítulo de nossa regra nos ordena 'orar sem cessar': devemos obedecer a isso com a maior perfeição possível, pois é nosso dever mais importante". Esse desejo de rezar sem cessar deu origem a uma visão maior e mais grandiosa da alma. É impossível orar continuamente, a menos que haja um mundo oculto na alma onde uma pessoa possa habitar perpetuamente, porque há tantos aposentos e mansões criados por Nosso Senhor para nós permanecermos. Assim, a perfeita vivência da Regra Carmelita a leva a a espiritualidade teresiana carmelita de permanecer com Deus no castelo interior.
Assim, a maior contribuição de Santa Teresa para a espiritualidade carmelita foi sua escrita do Castelo Interior . Nela, ela explicou o caminho para a união com Deus através da lembrança interior na bela morada de Deus, que é a alma da pessoa. Ela descreveu uma alma, "como se assemelhasse a um castelo, formado de um único diamante ou um cristal muito transparente, e contendo muitos quartos, assim como no céu há muitas mansões". Ela diz que Deus criou a alma humana tão exaltada que "nada pode ser comparado à grande beleza e capacidade de uma alma" que está em estado de graça. Ela diz: "A alma do homem justo é apenas um paraíso, no qual, Deus nos diz, Ele se deleita".
Mas ela explica que encontrar Deus dentro deste castelo é o propósito da vida espiritual, uma vez que ele reside nas mansões mais internas. "No centro, no meio de todos eles, está a principal câmara na qual Deus e a alma mantêm seu discurso mais secreto". Assim, a alma deve entrar neste glorioso castelo, que é ele mesmo, e viajar para o centro de sua alma, onde Cristo habita nas mais íntimas câmaras ocultas. O caminho para a sala do trono onde Deus habita é atravessado, através de uma vida sacramental católica, sendo conformado mais a Cristo e imitando Suas virtudes.
Santa Teresa diz que a entrada no castelo é converter do pecado mortal através dos sacramentos. Ela explica que, para pessoas mergulhadas no mundanismo, "é impossível que se retirem para seus próprios corações; acostumados como estão com os répteis e outras criaturas que vivem fora do castelo". Ela os exorta a dizer: "Nossas almas, remidas pelo sangue de Jesus Cristo, levam estas coisas a sério; tenham misericórdia de si mesmas ... remova a escuridão do cristal de suas almas". É para isso que os Carmelitas rezam ardentemente, que as almas realizem sua grande dignidade e façam uso dos sacramentos para viver em estado de graça.
A partir desta conversão inicial, Santa Teresa explica que a alma deve entrar em si mesma por meio da oração mental para ir mais fundo nas mansões. Ela diz: "Nesta parte do castelo são encontradas almas que começaram a praticar a oração; elas percebem a importância de não permanecerem nas primeiras mansões". Entrar mais fundo na mansão requer maior conformidade com a vida de Cristo. Ela diz: "Devemos fixar nossos olhos em Cristo como nosso único bem e em Seus santos; lá aprenderemos a verdadeira humildade e nossas mentes serão enobrecidas". E quanto mais nos aproximamos das mansões mais internas, mais Cristo derrama suas graças na alma. Uma vez que o progresso é tudo sobre ser mais conformado a Nosso Senhor, é obtido pelo amor. "Para fazer um progresso rápido e alcançar as mansões que desejamos entrar,
À medida que a alma se aproxima das salas interiores e avança de forma espiritual, a oração torna-se infundida sobrenaturalmente por Deus, sem os esforços da própria alma. Esta contemplação é uma dádiva de Deus e, portanto, Ele "dá quando, como e a quem Ele quer - os bens são Seus, e a Sua escolha não erra ninguém", pois ninguém pode alcançá-lo por meios humanos. Esta oração que ocorre nas quartas mansões ela chama a "oração do silêncio". Ela explica que esta oração faz com que "a maior paz, calma e doçura nas profundezas do nosso ser ... enchendo-a até a borda, o deleite transborda por todas as mansões e faculdades". Esta oração infundida provoca uma dilatação do coração em que a alma pode amar mais a Deus em ação e afeição. Essas misteriosas graças infusas, "dilatam e nos ampliam internamente,
A partir daqui, Santa Teresa menciona que a alma pode entrar na quinta mansão se "fizer o melhor" para usar os favores que Deus dá para o crescimento das virtudes. Mas ela diz, "se você comprasse esse tesouro do qual estamos falando, Deus quer que você não retenha nada, pequeno ou grande. Ele terá tudo. Em proporção ao que você sabe que você deu, sua recompensa será grande ou pequeno." As quintas mansões estão muito próximas do centro das mansões onde Deus habita na alma. Estas mansões são todas sobre a união da vontade da alma com a vontade de Deus. A alma nessas mansões pode experimentar Deus atraindo-a ao centro de sua alma, onde experimenta Sua presença de uma maneira que não pode ser posta em dúvida e sem nenhum esforço da alma. Ela chama isso de "oração de união". A alma deve responder a tais dons sublimes, esforçando-se por amor perfeito ao próximo e resignação perfeita à vontade de Deus por meio da obediência. A oração de união muda completamente a alma, ampliando seu coração de maneira tremenda. Essa alma é muito avançada espiritualmente nessas mansões.
As seis mansões do castelo interior de Santa Teresa correspondem à noite escura do espírito de São João da Cruz. Aqui a alma passa por grandes provações, tanto internas quanto externas, de modo a ser completamente purificada para alcançar a união com Deus. "Quantos problemas internos e externos devem sofrer antes de entrar na sétima mansão!" A alma aqui é purgada em grande escuridão. Ela explica: "Essa secura espiritual provoca que a mente se sente como se nunca tivesse pensado em Deus, nem nunca será capaz de fazê-lo. Quando os homens falam sobre Ele, parecem estar falando de alguém que ouviu falar há muito tempo." Sua experiência é a da rejeição de Deus, semelhante ao que as almas no inferno sentem. Este julgamento é dado à alma, a fim de erradicar seu orgulho até o âmago da questão. Ela explica, "
Na entrada das sétima mansões, a alma recebe o casamento místico com Deus. Santa Teresa explica que Deus coloca a alma em seu centro mais profundo permanentemente de uma maneira nova e profunda. Ele experimenta a presença perpétua da Santíssima Trindade. "As três Pessoas da Santíssima Trindade parecem nunca partir; vê com certeza (...) que habitam longe dentro de seu centro e profundidade." Este é um dos aspectos mais sublimes da espiritualidade carmelita teresiana. Uma criatura pode chegar a uma experiência tão sublime de Deus nas suas profundezas mais profundas. Tal é verdadeiramente encontrar o céu na alma!
domingo, 14 de julho de 2019
ESPIRITUALIDADE CARMELITA | SÃO JOÃO DA CRUZ
Muito mais festejado do que estudado ou entendido; o santo carmelita traz contribuições tão valiosas ao caminho de santificação cristã que mereceu, por parte da Igreja, o título de Doutor Místico.
Costumam-se decifrar grandes figuras do passado pela leitura atenta de sua biografia e de suas obras. Isso parece que funciona de modo geral, mas não se aplica de modo algum à Cristo e aos seus santos. O conhecimento de Jesus sempre será imperfeito e inexato se, para aquele que O procura, Ele permanecer como uma figura histórica e afastada no tempo. Faz-se necessário um encontro pessoal com Aquele que é, foi e será Santo por toda eternidade. Para começar a conhece-Lo e ir se aprofundando neste conhecimento durante toda a nossa vida.
Com um Santo, não poderia ser diferente. Eles nos atraem e se deixam conhecer com um único e grande objetivo: ajudar-nos a aproximarmo-nos cada vez mais de Deus. Tornam-se, portanto, mais do que imperfeitos objetos de estudo, passam a ser amigos e verdadeiros irmãos que nos orientam e nos encaminham para o pai.
Fonte Google Imagens |
São João da Cruz não é para iniciantes
Confesso que, do dia em que comprei o volume único de suas Obras Completas até começar a entender seus escritos, passaram-se mais de 15 anos. No caminho da santidade ou, para subir o Monte Carmelo usando uma metáfora joanina, é impossível começar pela mística. E São João da Cruz é o doutor místico. Suas poesias se revelam lindas como o Cântico dos Cânticos, e tão enigmáticas quanto o livro bíblico. Sua prosa, parece se contorcer em um único tema, a noite espiritual da alma, tão incompreendida quanto a poesia.
É preciso lembrar que, seus escritos tem um claro objetivo: ajudar aqueles que se encontram no final da vida ascética a progredir rumo a união plena com Deus, ou mística. Foram dedicados prioritariamente para os seus irmãos carmelitas, não para o público em geral, e sempre que ele fala de “iniciantes” não se trata, de forma alguma, de recém convertidos, e sim, para aqueles que apresentam os primeiros traços de quem se inicia na contemplação infusa de Deus.
”Final da vida ascética, mística, contemplação infusa”; se tudo isso soou um pouco estranho é porque para se chegar a São João da Cruz, precisamos passar pela mestra em oração e doutora em espiritualidade Santa Teresa de Jesus. Somente entendendo o caminho espiritual do Castelo Interior de Santa Teresa se conseguimos situar São João da Cruz com exatidão, pois, seus escritos se dirigiam para aqueles que já viviam sob as orientações espirituais do carmelo reformado teresiano.
Sendo assim, é necessário explicar que foi Santa Teresa quem delineou com clareza o caminho de perfeição da alma até a união completa com Deus e, para resumir ao extremo, podemos dizer que este trajeto é composto por um percurso de 7 moradas sucessivas, onde as 3 primeiras são conhecidas como via ascética e as 4 últimas são a via mística. Essas vias compõem um único caminho, este caminho é progressivo e, portanto, não se chega às moradas mais interiores sem passar pelas mais exteriores ou, em outras palavras, ninguém vai direto para a mística sem passar pela ascética. Assim, os “iniciantes” dos escritos de São João da Cruz são experientes na vida espiritual e de oração, já percorreram 3 moradas interiores e só são chamados assim, porque, agora se iniciam na segunda parte, a via mística.
A contribuição de São João da Cruz
Neste caminho de santificação, São João da Cruz nota que “faz pena ver (…) (as) almas trabalharem e se fatigarem, inutilmente, com grande esforço, e em vez de progredir, retrocederem, porque pensam achar proveito naquilo que (na realidade) lhes é estorvo.”
Deste modo, seus tratados espirituais se concentram em esclarecer aos diretores espirituais em primeiro lugar, e aos que percorrem o caminho em segundo lugar, a entender onde estão, como estão e quais os passos que devem ser dados. Mas também, os passos a serem evitados para realmente se progredir na via de santificação da alma com constância. Pois, como lembra o santo, “ninguém ignora que, no caminho da perfeição, não ir adiante é recuar; e não ir ganhando é ir perdendo.”
Neste caminho de união total com Deus, é imprescindível o despojamento de si mesmo até a completa desnudez espiritual da alma. Aquele que deseja a santidade, ensina São João, não pode ser plenamente de Deus enquanto ainda possuir qualquer coisa de seu. Ou, como bem sintetiza: “para chegares a possuir tudo, não queiras possuir coisa alguma.”
ARIDEZ ESPIRITUAL NÃO É NOITE ESCURA DA ALMA
Por último, mas não menos importante, uma correção: é comum na vida ascética, ou seja, nas 3 moradas iniciais do caminho espiritual, vivermos momentos de desânimo, perda de energias e grandes dificuldades para se manter a vida de Fé, a frequência e fervor na oração. A isso tudo dá-se o nome de aridez espiritual e é um fenômeno tão complexo e multifatorial que fugiríamos do tema o desenvolvendo aqui.
Mas, o que precisa ficar claro é que nada disso tem haver com a noite escura da alma como foi delineada por São João da Cruz. Essa é uma etapa da vida espiritual vivida muito adiante, já no meio da vida mística, na quinta morada. Ou seja, aridez espiritual acontece nos inícios da vida espiritual, noite escura da alma é um fenômeno que, se ocorrer, ocorre somente com os adiantados ou proficientes da via unitiva ou mística como se referia São João.
A noite escura é uma purificação da fé daquele que já a possuiu em grau muito alto. Isto é, durante todo o caminho espiritual, como forma de orientar o caminho e incentivar a aplicação da alma, Deus promove uma série de consolações e benefícios espirituais fortalecendo as virtudes infusas e as virtudes teologias da fé, da esperança e da caridade. Tudo isso é sentido e cada vez mais perceptível. Mas, como explica São João da Cruz, “no alto estado de união (…), Deus não mais se comunica à alma mediante (…) visão imaginária, ou semelhança, ou figuras. Fala-lhe de boca a boca, isto é, a sua essência pura e simples, que na efusão do seu amor é como a própria boca de Deus, une-se à essência pura e simples da alma.”
Esse contato, por se dar de forma tão pura e direta, passa-se de tal forma desapercebido pelos sentidos ou potências de quem o recebe que dá a impressão de que, Deus não se comunica mais com a alma, afastando-a de sua luz e mergulhando-a em completa escuridão. Embora, esse contato seja extraordinariamente mais efetivo que todas as comunicações anteriores, quem o recebe não o percebe, como se estivesse numa noite muito escura e, somente pela fé, pode acreditar que Deus continua próximo, atuando e elevando a alma até Si. Trata-se da última purificação da fé antes do desposório espiritual da sexta morada.
Essa noite escura e a grande alegria de quem a vive pois sabe que Deus está completando a obra de santificação de sua alma, é muito bem delineada nos versos iniciais de uma das poesias de São João compostas quando se encontrava na prisão em Toledo. Ela se intitula Cantar da Alma que Se Alegra em Conhecer a Deus pela Fé:
Aquela eterna fonte está escondida,mas bem sei onde tem sua guarida,mesmo de noite.
A espiritualidade de São João da Cruz - em profundidade :
Para os carmelitas, São João da Cruz é especialmente importante, já que ele é o principal homem carmelita levantado pela Igreja como um exemplo de alma no estado de união com Deus. Embora existam muitas monjas de clausura que foram canonizadas por sua elevada espiritualidade, São João da Cruz é o único homem canonizado com grandes escritos espirituais. É por isso que ele é especialmente querido para nós como monges carmelitas.
Nos olhos de São João da Cruz, o Carmelo era tudo sobre a união da alma com Deus. Ele disse na Ascensão do Monte Carmelo : "Meu princípio não é abordar todos, mas certas pessoas de nossa ordem sagrada do Monte Carmelo (...) a quem Deus está concedendo o favor de colocá-las no caminho para este monte". Ele se dirigiu especificamente aos carmelitas em seus escritos porque alcançar a união com Deus era o foco principal do carmelita.
Mapa para Subida ao Monte |
O que é essa união com Deus que é tão fundamental para a espiritualidade de São João da Cruz? É um completo morrer para o velho eu caído e viver novamente em perfeita docilidade a Deus e Seus movimentos na alma. São João disse em The Living Flame of Love"Sejamos sabendo que o que a alma chama de morte é tudo o que vai para compensar o velho eu ... Nessa nova vida que a alma vive quando chegou à união perfeita com Deus aqui sendo discutida, todas as inclinações e a atividade da [alma] (...) torna-se divina. Como (...) as operações da alma estão em Deus por meio de sua união com ele, ela vive a vida de Deus ”. A alma em união é perfeitamente dócil à graça, e assim a alma é movida somente por Deus e não por seus próprios desejos ou pensamentos. Ele explica: "Pois a alma, como uma verdadeira filha de Deus, é movida em todas as coisas pelo Espírito de Deus". A vontade da alma está perdida na vontade de Deus e os dois tornam-se um pela graça.
São João da Cruz explica que a alma em união com Deus tem um efeito maior sobre a missão da Igreja simplesmente pelo seu amor, do que antes pelas suas obras. Ele diz em A Noite Escura da Alma : "No estado de união, no entanto, eles trabalharão grandes coisas no espírito, mesmo como homens adultos, e suas obras e faculdades serão então Divinas, e não humanas". Ele diz em The Spiritual Canticle , "Um instante de amor puro é mais precioso aos olhos de Deus e da alma, e mais proveitoso para a Igreja, do que todas as outras boas obras juntas." Um ato de puro amor de uma alma em união com Deus faz mais pela missão da Igreja do que todas as outras obras porque dá graça a essas obras e as sustenta.
O caminho para as alturas da vida mística de São João da Cruz é um caminho difícil, cheio de abnegação e purgação. Na subida do Monte Carmeloele fala assim: "Essa perfeição consiste em anular, despir e purificar a alma de todo desejo". A alma deve ser purgada de todo desejo que se apega a partir de um amor desordenado para que possa alcançar esse puro amor de Deus. O próprio Deus é o agente primário neste purgação que Ele faz através da oração infusa, chamada contemplação. "É claro que esta contemplação sombria é, nos inícios, dolorosa para a alma ... em razão da purificação das imperfeições da alma que acontece através desta contemplação". Esta purgação é chamada a Noite Negra da Alma, onde primeiro os sentidos da pessoa são purificados e depois o espírito através de uma escuridão espiritual árida e difícil. Estas duas provações, a noite escura dos sentidos e a noite escura do espírito,
Este é o caminho para a santidade que é muito difícil e, portanto, é digno de louvor. Mas essas provações são temperadas por Deus que é muito misericordioso. São João da Cruz diz: "Embora estas águas sejam escuras, elas não são menos que águas e, portanto, não podem deixar de refrescar e fortificar a alma." Então, Deus secretamente alimenta a alma, dando-lhe força para suportar qualquer provação que Ele lhe dê. Esta não é uma experiência da ira ou justiça de Deus, mas sim uma experiência da própria fraqueza da alma. Na noite escura da almaele explica: "Uma coisa de grande admiração e piedade é que a fraqueza e impureza da alma agora devam ser tão grandes que, embora a mão de Deus seja em si mesma tão leve e gentil, a alma deve agora sentir que é tão pesada. (…) mas apenas toca, e que misericordiosamente, desde que ele faz isso para conceder a alma favores e não para castigá-la ”. Na misericórdia paterna de Deus, ele purifica a alma de todos os pecados e imperfeições, de modo que é perfeitamente dócil às inspirações de Deus e dignas de entrar diretamente no céu.
O fruto dessa purgação é a visão imediata de Deus na morte. Ele diz em A Noite Escura da Alma : "Essas almas, que são poucas, não entram no Purgatório, uma vez que já foram totalmente expurgadas pelo amor". Essas almas abençoadas são: "O perfeito, que agora queima docemente em Deus. Pois esse doce e delicioso ardor é causado neles pelo Espírito Santo em razão da união que eles têm com Deus". Por esta razão, São João da Cruz chama essa noite escura da alma de uma "feliz chance" pela qual todas as bênçãos chegam à alma.
A espiritualidade carmelita de São João da Cruz, portanto, é sobre essa grande jornada para a união divina no íngreme Monte do Carmelo. É o verdadeiro amor por Deus que leva a alma a perseverar e alcançar essa união com Deus. "Na noite feliz, em segredo, quando ninguém me viu, nem eu vi qualquer coisa, sem luz ou guia, salvo o que queimou em meu coração ... Oh noite que me guiou, Oh noite mais linda que a aurora, Oh noite que se uniu a Amada com amante, amante transformado no Amado! "
domingo, 7 de julho de 2019
FORMAÇÃO | ESPIRITUALIDADE CARMELITA COMO SURGIU ?
No tempo das cruzadas, o calabrês Bertoldo, para cumprir um voto feito durante uma batalha contra os infiéis, retirou-se ao monte Carmelo, na Samaria, fundando aí a Ordem dos Carmelitas.
Aos pés do monte Carmelo existe hoje a cidade de Haifa. Possui 700 m de altitude. Mas como se ergue abrupta e perpendicularmente direto do mar, parece mais alto do que realmente é. Coberto de densos bosques, seu acesso não é muito fácil.
Monte Carmelo, Terra Santa 2018. |
O Antigo Testamento alude freqüentemente às florestas que cobriam os monte. No livro dos Cânticos dos Cânticos, a cabeça da amada é comparada ao Carmelo (Ct 7,6). Em Jr 5,9, o Carmelo é chamado de ‘terra rica’. Nesse monte ocorreu o desafio entre Elias e os sacerdotes de Baal (1Rs 18). A escolha do local para o desafio sugere que talvez houvesse um santuário de Baal sobre o monte. Parece que o Carmelo também foi morada de Eliseu, pelo menos ocasionalmente. Talvez tenha sido também um centro de associação de profetas.
Bertoldo e sua nova comunidade religiosa recebeu em 1209 uma regra muito rigorosa, aprovada pelo Patriarca de Jerusalém, Alberto. As Cruzadas levaram a fama desta Ordem para a Europa. Dois nobres fidalgos da Inglaterra convidaram alguns frades para acompanhá-los e fundar conventos na Inglaterra, o que fizeram. Pela mesma época, vivia no Condado de Kent, um eremita que há vinte anos escolhera o recolhimento e a solidão, tendo por habitação o tronco de uma árvore. O nome desse eremita era Simão Stock. Atraído pelo exemplo de piedade dos carmelitas recém-chegados, como também pela devoção mariana que aquela Ordem cultivava, pediu admissão como noviço na Ordem da Senhora do Carmo. Em 1125 foi eleito Superior Geral da Ordem.
A Ordem começou a ser perseguida e Simão viajou a Roma. O papa Honório III avisado por uma misteriosa visão, recebeu cordialmente os religiosos carmelitas e aprovou novamente a regra da Ordem. Simão Stock foi depois visitar os Irmãos da Ordem no monte Carmelo, e demorou-se com ele seis anos.
Um Capítulo Geral da Ordem, realizado em 1237, determinou a transferência para a Europa de quase todos os religiosos. Para escapar à perseguição dos sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a Ordem já possuía 40 conventos. O grande desenvolvimento da Ordem deve-se em grande parte à instituição do Escapulário.
Ao ‘Santo do Escapulário’, como o chamou o Papa João Paulo II, em 1983, apareceu a Virgem do Carmo, cercada de anjos, no dia 16 de julho de 1251, mostrando-lhe o Escapulário da Ordem e dizendo-lhe: ‘Este será o privilégio para ti e todos os carmelitas; quem com ele morrer não padecerá o fogo eterno. Quem morrer com ele se salvará’.
O ‘Amado de Maria’ muito amou a sua Ordem. Por ela orou, lutou e trabalhou com muita coragem. Transformou a Ordem de eremítica em cenobítica e mendicante. Expandiu o Carmelo na Europa. Convidou a todos a viver as virtudes simbolizadas no Escapulário. Este sinal mariano, aprovado pela Igreja e difundido pela Ordem Carmelita como manifestação de amor a Maria, de confiança filial em sua pessoa, deve ser um compromisso em viver as virtudes marianas.
Podemos contemplar no escapulário de Nossa Senhora do Carmo uma síntese do espírito carmelitano de amor a Maria Santíssima que conduz ao Cristo.
A Ordem foi sendo introduzida em vários países da Europa, passando da Europa a Portugal, onde se fundaram numerosos conventos de carmelitas calçados e descalços em que já se subdividia a Ordem. À Ordem Carmelita pertenceram muitos reis e rainhas de Portugal.
O povo brasileiro tem a Virgem do Carmo no coração desde o ano de 1586, quando foi fundado o primeiro convento do Carmo em nosso país, em Olinda. Evidentemente, este amor nos foi transmitido pelos primeiros Carmelitas que pisaram nossas terras. Seis anos mais tarde os carmelitas se estabeleceram em Salvador.
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