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sexta-feira, 14 de junho de 2019
BEATA ANNA CATHARINA EMMERICH
Anna Catharina nasceu aos 8 de setembro de 1774 em Flamske (Vestfália), em família de modestos camponeses. Diz-se que, desde criança, foi agraciada com dons extraordinários: via freqüentemente o anjo da guarda e brincava com o Menino Jesus; Maria Ssma. E outros Santos lhe apareciam muitas vezes. Os pais a censuravam, freqüentemente e nunca a elogiavam. Em sua adolescência trabalhou nos campos, pastoreando rebanhos. Aos dezesseis anos, concebeu a vocação religiosa, que ela só conseguiu realizar aos vinte e nove anos de idade. Fez-se agostiniana em Duelmen (Vestifália).
Em 1812 teve uma visão importante, à qual se sucederam vários acontecimentos assim descritos pelo livro em foco:
“Apareceu-lhe o Divino Salvador, como um jovem resplandecente e entregou-lhe um crucifixo, que ela apertou com fervor de encontro ao coração. Desde então lhe ficou gravado no peito um sinal da cruz, do tamanho de cerca de três polegadas, o qual sangrava muito, a princípio todas as quartas-feiras, depois nas sextas-feiras, mais tarde menos freqüentemente. A estigmatização deu-se-lhe poucos dias depois, a 29 de Dezembro. Nesse dia, às 3 horas da tarde, estava deitada, com os braços estendidos, em êxtase, meditando na Sagrada Paixão de Jesus. Viu então, numa luz brilhante, o Salvador crucificado e sentiu um veemente desejo de sofrer com Ele. Satisfez-se-lhe esse desejo, pois saíram logo das mãos, dos pés e do lado do Senhor raios luzídios cor de sangue, que penetraram nas mãos, nos pés e no lado da Serva de Deus, surgindo logo gotas de sangue nos lugares das chagas. Abbé Lambert e o confessor da vidente, Pe. Limberg, viram-nas sangrar dois dias depois, mas com sábio propósito fingiram não dar importância ao fato, na presença da Serva de Deus. Ela mesma procurava esconder os sinas das chagas, o que lhe era fácil, porque desde o dia 2 de Novembro de 1812 estava de cama, adoentada. Desde então não pôde mais tomar alimento, a não ser água, misturada com um pouco de vinho, mais tarde só água ou, raras vezes, o suco de uma cereja ou ameixa. Assim vivia só da sagrada Comunhão. Esse estado e a estigmatização tornaram-se públicos na cidade, em março de 1813. O Vigário de Duelmen, Pe. Rensing, encarregou dois médicos, os Dra. Wesener e Krauthausen, como também o confessor, de fazerem um exame das chagas, que freqüentemente sangravam. Os autos foram mandados à autoridade diocesana de Muenster, a qual enviou o Ver. Pe. Clemente Augusto de Droste Vischering, mais tarde Arcebispo de Colônia, o deão Overberg e o conselheiro medicional Dr. Von Drueffel a Duelman, para fazerem outra investigação, que durou três meses. O resultado foi a confirmação da verdade das chagas, da virtude e também o reconhecimento do caráter sobrenatural do estado da jovem religiosa.
Também a autoridade secular, querendo examinar e “desmascarar a embusteira”, mandou, em 1819, uma comissão de médicos e naturalistas; isolaram-na por isso em outra casa, rigorosamente observada do dia 7 a 29 de agosto, o que lhe causou muita humilhação e sofrimento; também o resultado desse exame lhe foi favorável.
No ano anterior, viera visitá-la pela primeira vez o poeta Clemente Brentano, recomendado pelo deão Overberg. A 17 de setembro ele a viu pela primeira vez. Ela, porém já o tinha visto muito antes, nas visões e recebido ordem do Céu para comunicar-lhe tudo. “O Peregrino”, como o chamava, ficou até Janeiro de 1819, mas voltou de novo, para ficar com ela, no mês de Maio. Foi para Catharina um amigo fiel até a morte, mas fê-la sofrer também às vezes, com seu gênio veemente. Reconheceu a tarefa que lhe fora dada por Deus, de escrever as visões desta mártir privilegiada e dedicou-se a isso com cuidado consciencioso. “O Peregrino” escrevia durante as narrações, em tiras de papel, os pontos principais, que imediatamente depois copiava, completando-os de memória. A cópia, a limpo, lia à Serva de Deus, corrigindo, acrescentando, riscando sob a direção de Catharina, não deixando nada que não tivesse recebido confirmação expressa…
Anna Catharina viu no êxtase toda a vida e paixão do Divino Salvador e de sua Santíssima Mãe; viu os trabalhos dos Apóstolos e a propagação da Santa Igreja, muitos fatos do Velho Testamento, como também eventos futuros. Tocando em relíquias, geralmente via a vida, as obras e os sofrimentos dos respectivos Santos. Com certeza reconhecia e determinava as relíquias dos Santos, distinguindo em geral facilmente objetos sagrados de profanos …
Depois de muitos e indizíveis sofrimentos, chegou o dia de sua morte a 9 de fevereiro de 1824…
A 27 de janeiro recebeu a Extrema-Unção. Aumentaram-lhe as dores; mas repetia de vez em quando: “Ai, meu Jesus, mil vezes vos agradeço toda a minha vida; não a minha vontade, mas a Vossa seja feita”. Na véspera da morte rezou: “Jesus, para Vós morro; Senhor, dou-Vos graças, não ouço nem enxergo mais”. Quiseram mudar-lhe a posição, para aliviá-la, mas Anna Catharina disse: “Estou deitada na cruz; deixem-me, em pouco acabarei”. Recebeu mais uma vez a sagrada Comunhão, a 9 de fevereiro. Suspirando pelo Divino Esposo, rezou diversas vezes: “Oh! Senhor, socorrei-me; vinde, meu Jesus”. O confessor assistiu à moribunda, dando-lhe muitas vezes o crucifixo para beijar e rezando preces pelos moribundos. Ela ainda lhe disse: “Agora estou tão sossegada; tenho tanta confiança, como se nunca tivesse cometido pecado”. Deram justamente 8 horas da noite, quando exclamou três vezes, gemendo: “Oh! Senhor, socorrei-me, vinde, oh! Meu Senhor!” E a alma pura voou-lhe ao encontro do Esposo Celeste, para permanecer, como esperamos confiadamente, eternamente unida com Ele, na Infinita felicidade do Céu”. (pp. 17-21)
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