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domingo, 30 de junho de 2019

DIA A DIA NO DESERTO | SEU DESERTO INTERIOR

TRABALHO INTELECTUAL - Síntese Bibliográfica
Corrigido e adaptado pelo Ir. José Crucificado de Jesus Hóstia - EREMITA
Documento Original: Vivendo Nazaré

DIA DE DESERTO

O termo “deserto” vem da espiritualidade do irmão Carlos e é um tema clássico na história da espiritualidade cristã. O dia de deserto se entende como “dia de solidão”. O membro da fraternidade procura passar um dia de ao menos seis horas, cada mês, completamente à parte de tudo, a sós com o Senhor, de preferência sem nenhum material de leitura ou outras ajudas espirituais.

É de grande utilidade começar na noite anterior e passar o dia seguinte em solidão. Os que são fiéis à prática do dia de deserto, descobrem o imenso benefício que ele traz para sua vida cristã e ministerial. A oração do dia consiste na entrega do nosso tempo a Deus, reconhecendo-o como o Absoluto de nossa vida.

O deserto é um intenso espojamento em vista do essencial, juntamente com um forte sentido da presença de Deus e sua adoração. É uma experiência de esvaziamento de nós mesmos e experiência de que só Deus é o Absoluto de uma vida. Suspendendo nossas atividades, experimentamos a própria pobreza e a total dependência do Senhor. Experimentamos nossa fragilidade, nossa situação de criaturas.

O deserto é frequentemente um lugar de tentação. Alguns irmãos são tomados de melancolia, de desolação interior, de aridez. É então que sentimos a aguda necessidade do Espírito Santo para perseverarmos com coragem, apesar da nossa fraqueza, e permanecermos fiéis.

Humanamente falando, a maior tentação pode ser a procura de resultados imediatos do dia de deserto. O deserto não é primeiramente um lugar físico. No entanto, quanto mais simples e sem distrações o ambiente, mais favoráveis às condições para um dia proveitoso.

Isso é importante como é importante entrar no dia com o espírito aberto e generoso. Alguns procuram um sítio, outros vão a uma praia deserta ou fazem longas caminhadas. Outros simplesmente ficam num quarto vazio onde passam o dia. Nossa revisão de vida (ou nossa confissão) é preparada em oração no dia de deserto, refletindo e interpretando na fé a atual compreensão de nossa vida espiritual.

Leia o artigo do D. Edson Damian sobre o deserto: DESERTO: LUGAR DO ENCONTRO COM DEUS Vale a pena!

Faça pelo menos seis horas de deserto de vez em quando, quando você puder. Nos primeiros, leve uma bíblia para ajudar as suas reflexões.

Levante-se, tome o café da manhã e já prepare um lanche ou o que você vai comer no almoço, para não atrapalhar suas meditações. Se for a algum lugar deserto, leve o lanche. Rumine sua vida, seu relacionamento com Deus, com você mesmo (a) e com os irmãos. No deserto tiramos as nossas máscaras e nos vemos "nus" diante de nós mesmos!

Na volta, agradeça a Deus e, se possível, vá a alguma missa.



MOMENTOS DE DESERTO

(Setembro 2016)

As fraternidades Jesus-Cáritas, baseadas no carisma do Beato Carlos de Foucauld, têm, em seu diretório, a orientação para que todos os seus membros façam um dia mensal de deserto.

Eu, pessoalmente, sempre tive uma dificuldade imensa de fazer o dia todo de deserto e, sinceramente, não acho tão relevante que seja o dia todo. Prefiro fazer, mais vezes, momentos de deserto, com duração de uma ou duas horas, ou mesmo a metade de um dia. Acho mais produtivo!

Quanto a fazer o dia todo, das 8 às 16 hs, por exemplo, poderia ser feito nos dias de retiro e de assembleia das fraternidades e um dia por semana no mês de Nazaré.

Será que os membros das fraternidades fazem um dia de deserto mensalmente, como reza a regra? E, se há dificuldade, por que não fazê-lo em menos tempo, mas fazê-lo?

Minhas ações, atualmente, são muito limitadas, mas procuro fazer pelo menos a manhã de deserto aos sábados, e isso tem-me ajudado muito, nos últimos treze anos. Eu emendo o momento de deserto com a Hora Santa.

Não consigo me isolar do barulho de onde moro, nem ficar sozinho, mas o próprio Jesus teve que se acostumar a isolar-se mesmo no meio de muitas pessoas e confusão, como lemos em Lucas 9,18: “Estando Jesus orando A SÓS, no MEIO dos discípulos...” Ou seja, ele se isolou apenas mentalmente, mas continuou materialmente no meio da multidão.

Acredito que seja uma solução para os que não encontram um dia todo para isolar-se no dia de deserto, principalmente porque os momentos de deserto podem ser feitos mais amiúde.

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